sexta-feira, 8 de abril de 2011

Labirinto .

Ela se perdeu novamente. Tinha a impressão de estar andando em círculos ininterruptos. Estava anoitecendo e o sentimento de solidão novamente se instalava, agarrando-a com ternura como uma mãe ao embalar sua criança. Ela corria, não sabia de quê nem para onde. Apenas corria enquanto desejava que seu corpo não deixasse de colaborar.  A respiração se tornava cada vez mais pesada e difícil. Apesar do intenso esforço físico, ela sentia frio. No céu, aparece a primeira constelação. Ela pára, apóia-se naquelas paredes intermináveis de verde e sofrega. Seus olhos se elevam do plano terreno e encontram o céu. O verdadeiro céu e suas verdadeiras estrelas. A lua ainda se escondia, como uma dama a fugir de um cavalheiro que a corteja. Ela respira fundo e continua correndo. O caminho parece sem fim e é na realidade, afinal, bons labirintos são contruídos para se tornarem infindáveis e sem saída. A sede se torna insuportável e  os músculos começam a padecer. E agora está ficando cada vez mais tarde. 


- Onde está a saída?